sábado, 22 de janeiro de 2011

O que ficou por dizer

Então te direi que sim, que sei tudo que sentes só pelo teu jeito de olhar pra mim. Presunção? Pode até ser, mas que é real, é fato e não podes negar. Direi que te conheço só pela maneira que falas comigo, pela simples escrita da palavra beijo numa mensagem ou em algum lugar qualquer, traduzido como simples educação e por vezes como desejo de me ter ainda e mais.
            Loucura? Posso te provar que não. Aliás, te conheço tão bem que sei como vai agir a cada frase que te dirijo, conheço teus trejeitos, sei quando fica bravo com alguma coisa e então disfarça com risos, ah como eu gosto de te conhecer assim! E aquele que me parece complicado já não é tanto, te descubro, te decifro e te entendo, e como.
            E, por conseguinte me atrevo a dizer mais! Sei que sentes vontade de falar comigo e não fala, sei que meu status online no msn te perturba e que pensas e repensas em vir falar, mas não vem. Abre a janela, olha minha foto, ensaia um oi, pensa melhor e se vai. Sei que é assim. Óbvio demais, previsível demais. Espera que eu vá, e eu às vezes vou, mas sabe, cansa. Me cansa essa ciranda de ir e vir sem trégua, onde sei tudo que sinto e sentes e sabes também, cansei, aguardo tua entrega.


O que ficou por ouvir

Então me dirás que atrevida sou eu por pensar que posso te conhecer tão bem, sendo que conheço há tão pouco, e que estou errada, que sou louca, que nada do que falo tem sentido nenhum.
Que como te traduziria por uma simples palavra? Que isso não existe! Que são acasos e uma coisa não tem nada haver com outra. Que não fica bravo por pouca coisa. E diria mais, que se quisesses falar comigo viria sim, mesmo que saibas que não.
Me diria tudo isso e eu ouviria quieta sim, mas no fundo tu pensarias: ela sabe, sabe de tudo.

D.M.

P.S escrito em out/2010.



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