sábado, 27 de novembro de 2010

Sorte é o que acontece quando a preparação encontra a oportunidade.

Elmer Letterman.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O toque de celular

Taí um assunto que é daquele tipo: ou as pessoas amam ou odeiam. Quem gosta fica feliz quando recebe um toque de alguém, já quem a ideia não faz muito a cabeça, não dá bola e não ”devolve o toque”, ou fica incomodando e pensa, ”se quer falar comigo que me ligue, não fique me dando toque”, acham inútil. Como eu conheço muita gente assim, dos dois tipos, depois de tanto ouvir essa frase ou “ela não tá afim de mim, nem me devolveu o toque” resolvi dar meu parecer sobre o tema.

Pra quem não gosta, tudo bem, tem meu respeito. Nada na vida é unanimidade mesmo e nem vai agradar a gregos e troianos, mas peço que pense com mais carinho no que eu vou escrever agora. As pessoas que gostam de dar toque geralmente fazem isso de maneira expontânea, do tipo, ”pensei no fulano, vou dar um toque”, e pegam o aparelhinho de celular e executam a tarefa, com carinho. A pessoa do outro lado da chamada pode ou não entender isso, pode ou não gostar, mas aí é outro departamento, do qual falarei possivelmente outro dia.

Quem é adepto da prática, dá toque porque pensa em alguém. Para avisar que recebeu uma mensagem e está de acordo. Para dizer que chegou em casa bem depois da balada, da aula ou do que for. Antes de dormir como uma forma de desejar boa noite. E, no mínimo, sempre espera um toque de volta, nem que demore, o que não se quer é ficar no vácuo, isso soa como um desinteresse aos adoradores dessas novidades do mundo moderno.

Um toque é a materialização de um pensamento. É um jeito de você mostrar que lembrou e até de se sentir mais próximo da pessoa. Uma presença mesmo ausente, por mais distante que vocês estejam você sabe: Aquela pessoa pensou em você naquele momento. Parou tudo que estava fazendo, interrompeu seus pensamentos, para lhe dar um toque.

Com exceção daquele tipo de gente que faz isso em toda sua agenda telefônica, ou a toda hora, eu particularmente acho uma maneira muito legal de comunicação, melhor ainda se for recíproca. Mas claro, isso eu penso, e não espero que você concorde comigo em todos os meus pensamentos, mas, se pensar em mim, independente da hora que seja, do lugar onde estiver, dê um toque no meu celular e me deixe saber disso, porque eu, vou gostar.



D.M.










quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Mesmo assim

"Como é que você pode continuar gostando de um cara tão instável, que num dia te adora e no outro mal fala contigo?"

"Não acredito que você ainda está parado na desta garota. Cara, ela dá o maior mole pra todo mundo... tudo bem, é o jeitinho dela, mas, ó, te liga".

"Ele é muito querido, muito engraçado, mas também muito vadio: você vai passar fome ao lado deste homem!"

"O que adianta ela ser bonita, rapaz? Te trata como escravo".
 
É ótimo ter amigos, principalmente amigos que se preocupam com a gente. Mas, quando o assunto é amor, conselhos servem pra nada. Não que os amigos estejam errados, ao contrário: a gente sabe que eles estão com toda a razão, que eles estão vendo tudo aquilo que a gente finge não ver. O problema é que o amor não tem lógica. Você reconhece que a pessoa não serve pra você, mas a considera simplesmente a-do-rá-vel.
 
Você sabe que ela, ELA!, o grande amor da sua vida, é uma maluca de carteirinha, a maior viajandona do planeta, não diz coisa com coisa, e tem a estranha mania de se trancar no quarto por três dias seguidos, sem sair, sem abrir a porta, sem atender o telefone. Aí um belo dia ela sai e não dá a menor satisfação pra ninguém. Você consegue se imaginar vivendo com alguém assim? Não, mas também não consegue se imaginar vivendo sem.

E você aí, mulher. Enroladíssima com aquele cara, você sabe quem. Ele não tem o melhor caráter do mundo. Não tem o melhor currículo do mundo. Mas tem o melhor beijo do mundo e você, cada vez que ensaia dizer não, acaba dizendo sim, sim, sim. Porque você o ama. Mesmo ele sendo meio rude, meio ingrato, meio sonso. Mesmo assim.

Vou ficar torcendo para que nenhum desses exemplos caia como uma luva pra você. Desejo que tudo isso que foi escrito seja pura ficção pra você, que você nunca passe por uma doideira dessas. Mas não esqueça que doidas e doidos também são apaixonantes. Assim como os inconstantes e as ciumentas. E os alienados e as histéricas. Todos uma praga, todos cativantes. Ninguém está livre de topar com o cara errado e a garota mais encrenqueira, e amá-los muito, mesmo assim.

M.M.

domingo, 14 de novembro de 2010

O grito

Não sei o que está acontecendo comigo, diz a paciente para o psiquiatra.

Ela sabe.

Não sei se gosto mesmo da minha namorada, diz um amigo para outro.

Ele sabe.

Não sei se quero continuar com a vida que tenho, pensamos em silêncio.

Sabemos, sim.

Sabemos tudo o que sentimos porque algo dentro de nós grita. Tentamos abafar esse grito com conversas tolas, elucubrações, esoterismo, leituras dinâmicas, namoros virtuais, mas não importa o método que iremos utilizar para procurar uma verdade que se encaixe em nossos planos: será infrutífero. A verdade já está dentro, a verdade se impõe, fala mais alto que nós, ela grita.

Sabemos se amamos ou não alguém, mesmo que esteja escrito que é um amor que não serve, que nos rejeita, um amor que não vai resultar em nada. Costumamos desviar esse amor para outro amor, um amor aceitável, fácil, sereno. Podemos dar todas as provas ao mundo de que não amamos uma pessoa e amamos outra, mas sabemos, lá dentro, quem é que está no controle.

A verdade grita. Provoca febre, salta aos olhos, desenvolve úlceras. Nosso corpo é a casa da verdade, lá de dentro vêm todas as informações que passarão por uma triagem particular: algumas verdades a gente deixa sair, outras a gente aprisiona e finge esquecer. Mas há uma verdade única : ninguém tem dúvida sobre si mesmo.

Podemos passar anos nos dedicando a um emprego sabendo que ele não nos trará recompensa emocional. Podemos conviver com uma pessoa mesmo sabendo que ela não merece confiança. Fazemos essas escolhas por serem as mais sensatas ou práticas, mas nem sempre elas estão de acordo com os gritos de dentro, aquelas vozes que dizem: vá por este caminho, se preferir, mas você nasceu para o caminho oposto. Até mesmo a felicidade, tão propagada, pode ser uma opção contrária ao que intimamente desejamos. Você cumpre o ritual todinho, faz tudo como o esperado, e é feliz, puxa, como é feliz.

E o grito lá dentro: mas você não queria ser feliz, queria viver!

Eu não sei se teria coragem de jogar tudo para o alto.

Sabe.

Eu não sei por que sou assim.

Sabe.
 
Martha Medeiros

sábado, 13 de novembro de 2010

E nunca se arrependa de coisa alguma que te faz sorrir.


(autor? se alguém souber me avisa)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

sao as possibilidades que nos fazem continuar, nao a certeza.


Fênix Faustine

domingo, 7 de novembro de 2010

Mulheres que amam de menos

Eu quero dar meu depoimento. Creio ter um problema. Se mulheres que amam demais são aquelas que sufocam seus parceiros, que não confiam neles, que investigam cada passo que eles dão e que não conseguem pensar em mais nada a não ser em fantasiosas traições, então eu preciso admitir: sou uma mulher que ama de menos.

Eu nunca abri a caixa de mensagens do celular do meu marido.
Eu nunca abri um papel que estivesse em sua carteira.
Eu nunca fico irritada se uma colega de trabalho telefona pra ele.
Eu não escuto a conversa dele na extensão.
Eu não controlo o tanque de gasolina do carro dele para saber se ele andou muito ou pouco.
Eu não me importo quando ele acha outra mulher bonita, desde que ela seja realmente bonita. Se não for, é porque ele tem mau gosto.
Eu não me sinto insegura se ele não me faz declarações de amor a toda hora.
Eu não azucrino a vida dele.
Segundo o que tenho visto por aí, meu diagnóstico é lamentável: Eu o amo pouco.

Será? Obsessão e descontrole são doenças sérias e merecem respeito e tratamento, mas batizar isso de "amar demais" é uma romantização e um desserviço às mulheres e aos homens. Fica implícito que amar tem medida, que amar tem limite, quando na verdade amar nunca é demais(o grifo é meu).O que existe são mulheres e homens que têm baixa auto-estima, que tem níveis exagerados de insegurança e que não sabem a diferença entre amor e possessão. E tem aqueles que são apenas ciumentos e desconfiados, tornando-se chatos demais.

Mas se todo mundo concorda que uma patologia pode ser batizada de "amor demais", então eu vou fundar As Mulheres que Amam De Menos,porque,pelo visto, quem é calma, quem não invade a Privacidade do outro e quem confia na pessoa que escolheu pra viver também está doente.

M.M.




sábado, 6 de novembro de 2010

O que realmente importa não se compra


Conversando com um amigo meu hoje, ele me falou uma coisa que eu concordo muito, por isso resolvi escrever sobre. E sim é sobre relacionamentos, eu até tento fugir do tema mas como muito me interessa acabo retornando a ele.

Falávamos sobre como é bom estar solteiro, ter a liberdade para fazer o que quiser na hora que bem entender sem dar satisfação à ninguém. Ficar com as pessoas sem querer se apegar, curtir as festas com os amigos sem ter hora pra voltar. Mas, em contrapartida a isso, nada paga tu ter alguém do teu lado que te complete e que te faça não sentir saudades dos tempos de solteirice.

E é bem nesse ponto que eu fiquei pensando: porque tanta gente tem medo disso? Porque a simples idéia da palavra compromisso assusta muitas pessoas. Eu penso que o único compromisso que devemos ter é com a nossa felicidade, não devemos nos preocupar com rótulos, casamento, namoro, enfim, o nome que você quiser dar para aquilo que estiver vivendo, sendo legal, te fazendo bem é o que importa.

Numa relação deve existir respeito e confiança. Isso sim é a base de tudo. Amizade, companheirismo e todas as outras coisas que vem depois nem se fala, aí cada um sabe o que é mais importante pra si. Gosto de gente que me faça rir, de gente inteligente com quem eu possa conversar sobre vários assuntos, mas que não seja séria demais pra que também saiba rir das minhas bobagens. Cada um sabe do que gosta, o que faz bem e agrada.

Ser solteiro é bom sim, mas ter alguém com quem você possa contar sempre, alguém pra confiar a todo momento, uma pessoa que te divirta, com quem você pode passar horas conversando e não perceber. Aquele que num abraço tu se sente protegida, que sabe só de te olhar como você se sente, te conhece bem demais pra perceber que tem algo diferente até pelo teu jeito de falar. Alguém pra você se preocupar por querer bem demais e que você tem certeza que se preocupa contigo quando recebe uma mensagem te desejando boa prova, ah, isso sim não tem dinheiro no mundo que pague. Não mesmo.


D.M.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

"...será que essas civilidades acontecem mesmo ou a gente nunca esquece, nunca, nunca, nunca esquece um amor vivido de forma tão audaz?  Você me laçou, me prendeu, fui com você arrastada pelo seu ímpeto, pela surpresa em me ver de um dia para outro sua, você que era apenas uma fantasia, era pra ser apenas um 'se' na minha vida, se ele existisse, se me desejasse, se surgisse, e você surgiu e instalou o céu e o inferno no mesmo playground."

M.M (trecho do livro Fora de Mim)